sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Desenhando com o lado direito do cérebro.


"Você tem dois cérebros: um esquerdo e um direito. Os estudiosos do cérebro atualmente sabem que o lado esquerdo do cérebro é o verbal e racional; ele pensa em série e reduz o raciocínio a números, letras e palavras... O lado direito do seu cérebro é não-verbal e intuitivo; ele pensa em padrões ou imagens compostas de 'coisas inteiras', e não compreende reduções, sejam números, letras ou palavras". (The Fabric of Mind, do cientista e neurocirurgião Richard Bergland)

A citação resume o inusitado campo teórico que a professora Betty Edwards decidiu explorar em seu curso/livro: "Desenhando com o lado direito do cérebro" e pretendo abordar muito sobre o tema 'desenho' através dele. O quê? Nunca ouviu falar desse livro?! Resumão:

Betty Edwards decidiu viver a vida como professora após se formar em Belas Artes. Na faculdade em que lecionava ficou responsável por ensinar rapidamente aos alunos a desenhar bem. Ela esperava que todos os seus alunos aprendessem a desenhar, mas alguns não conseguiam independente do esforço que fizessem e, ao invés de aprender gradualmente a desenhar, aprendiam de repente, como se tivessem passado a enxergar de um jeito diferente as coisas, só que não conseguiam verbalizar o avanço.

A luz só surgiu para Betty quando surgiram os artigos de Roger Sperry, na área de psicobiologia sobre as funções dos hemisférios cerebrais humanos (trabalho pelo qual ele veio a receber um Prêmio Nobel). "Arrá!" Ao perceber que usamos o hemisfério esquerdo do cérebro para determinadas atividades (intelectual e analítica, como escrever e pensar verbalmente) e no período escolar somos condicionados a praticamente não utilizar o hemisfério direito (intuitivo e abstrato, responsável por atividades subjetivas como desenhar e pensar imageticamente).

Após mestrado e doutorado no assunto, somados aos estudos práticos em seu curso, ela lançou o livro "Desenhando com o lado direito do cérebro".

(Ufa... Prometo Posts mais curtos)

Desenho desde pequeno (e desde essa época escutei muita bronca dos professores por desenhar em sala de aula, o que só parou de acontecer quando entrei na universidade, em publicidade ^^) Mas meu desenho nunca foi lá essa perfeição.

Decidi (re)começar do zero a leitura e prática dos exercícios, para dividir os resultados aqui.

sábado, 25 de agosto de 2007

Técnicas de Animação 2D - módulo 1



Nas semanas de 13 a 24 de agosto, ocorreu o módulo 1 do curso de técnicas de animação 2D, ofertado pelo IAP - Instituto de Artes do Pará, e ministrado por Fernando Alves. A bagunça que é costume quando se reune em um mesmo espaço um monte de publicitários/designers/artistas (agora potenciais animadores) ocorreu durante as noites, de 18h às 22h.

Fernando Alves, ex-aluno de Medicina que largou a universidade para fazer 'desenho animado', já participou do festival em Gramado, com seu curta 'Menino Urubú'. Ele preparou o módulo básico com um pouco da história da animação e conceitos como planejamento de cena; keyframes (extremos e posições de passagem); noções de tempo e espaço na animação; e muitos exercícios práticos de movimentação básica como andar, correr, saltar, dançar... Todo mundo aprendeu que paciência é primordial para trabalhar com animação.

Além do aprendizado, o melhor dessas atividades foi o contato com outras pessoas interessadas em animação. As conversas sobre Disney e a animação 2D; as melhores (e piores) animações, o mundo digital da Pixar; quem foi quem entre os grandes mestres da animação; passando ainda por discussões sobre filmes clássicos e blockbusters, HQ's, animes e todo tipo de coisas nerd q se imaginar.

Quem quiser fazer parte ainda dá tempo! Esta foi a primeira de uma série de atividades que ocorrerão até dezembro, visando a formação dos profissionais da área de animação em Belém. Em setembro ocorre o módulo 2, com o mesmo professor e a mesma galerinha.

E que venha o Animamundi. =)

(Quem quiser comprar a bibliografia oficial do módulo 1 é simples. O "Animator´s Survival Kit" é encontrado na sessão de importados da Livraria Cultura por R$ 78,90 + Frete.)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Karim Rashid, Revista Zupi e o primeiro Ato Criativo


Já há algum tempo eu venho adiando a tarefa de começar o blog. Apesar de sempre ter gostado de escrever, confesso que ainda não tinha sido conquistado pela idéia de registrar as minhas divagações em um espaço público on-line...


Conseguir o domínio "atocriativo" no blogspot foi um capítulo que merece destaque, já que ele tinha um dono (coincidentemente tbm de Belém/PA) e o processo de convencimento em si foi um ato que demandou bastante criatividade e cara de pau (já que eu não conhecia o antigo dono e ele havia cadastrado o blog em um e-mail que nem existia mais).


Mas eu queria que fosse chamdo de "Ato Criativo" em particular, devido a uma citação feita por Karim Rashid à Revista Zupi - ótima publicação na área de Design - quando questionado o que ele diria àqueles que descobriram recentemente a paixão pelo design e ainda estão começando profissionalmente:


"Viva a vida ao máximo

Não acumule muito

Celebre o novo

Faça um ato criativo por dia

Viva na contemporaneidade

Ame o design, a arte e a cultura

Faça a diferença nesse mundo!"


Agora podemos começar a falar de criação.


Once Upon a Time...

Olhando para a folha de papel em branco, lápis 2B em punho e algumas outras folhas amassadas pelo chão, ele percebeu que, de alguma forma, em algum momento, precisaria começar.
"Era uma vez" sempre lhe pareceu clichê. Hoje, após a chegada da pós-modernidade e com ela todo os mundo virtuais que viriam a roubar espaço dos mundos fantásticos das antigas grandes histórias, ninguem espera que uma história comece com "Era uma vez". Não uma boa história.

Decidiu arriscar mesmo assim.